As
contas da Federação Paulista de Futebol de Mesa (FPFM), referentes ao primeiro
ano da gestão Ernandes Roberto Felício Junior, foram reprovadas pelo Conselho
Fiscal. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (16). De acordo com o balancete
emitido pela FPFM, referente apenas ao mês de novembro, o caixa atual da entidade
responsável pelo Futmesa no Estado de São Paulo, que era de aproximadamente R$
60 mil no final da gestão Farah, possui apenas R$ 7 mil.
“Fizemos nossas análises e
questionamentos e, infelizmente, não foi possível concluir e REPROVAMOS as
contas apresentadas (os saldos apresentados são aproximados). Caso julgue necessário
(conforme determina o estatuto da FPFM), solicitamos maiores explicações e
acesso aos documentos probatórios das despesas para que possamos reavaliar o
balancete”, explicam os membros do Conselho Fiscal, Julio Simi Neto, Cleo
Domingos e Renan Melo Silva.
O Conselho Fiscal apresenta ainda
uma lista com diversos problemas encontrados no balancete apresentado pela
Federação Paulista. O primeiro caso diz respeito ao
reembolso de despesas do presidente Ernandes Roberto Felício Junior (Dentinho).
“Reembolso direto dos campeonatos Sulamericano e Brasileiro. O presidente não
foi representar a Federação Paulista, e sim, a Confederação Brasileira de
Futebol de Mesa. Logo, não tem sentido ser reembolsado pela FPFM, e sim, pela
CBFM; Reembolso indireto: as despesas não podem transitar para contas de
terceiros, tem que ser pago direto ao prestador (mediante contrato e
comprovante que não foram apresentados)”, relatam os membros do Conselho
Fiscal.
O segundo caso versa sobre as
despesas com o celular do presidente. “Não é cabível que a FPFM pague as
despesas de celular da presidência, exceto que esse seja de uso exclusivo da
Federação. Todavia, será necessário rever o plano, afinal R$ 400 por mês não se
justifica”, apontam os conselheiros.
O terceiro tópico versa sobre o
saldo em conta da Federação Paulista de Futebol de Mesa. “O saldo apresentado
em novembro de 2015 é de R$ 7 mil. Já em dezembro de 2014 era de R$ 60 mil. Foi
justificado que a variação se deu na aquisição de mesas, bolinhas, cavaletes,
aluguel da sede e guarda de mesas (somando R$ 46 mil). É sabido por todos que a
FPFM possui receitas diversas no decorrer do ano (inscrições de torneios,
filiação de clubes e atletas, Copa do Brasil, RioXSão Paulo, dentre outros),
logo não conseguimos concluir a referida variação”, questiona o Conselho
Fiscal.
A quarta questão diz respeito ao
caixa pequeno. “O caixa pequeno deveria existir apenas para pequenas despesas
(como o próprio nome já diz), porém, já transitou cerca de R$ 30 mil.
Solicitamos a abertura de dados e comprovantes de despesas, porém, não nos
foram apresentados”, reclamam os conselheiros.
Outro ponto envolve os depósitos não
identificados. “Alguns clubes aparentam ter valores expressivos em aberto. É
necessário confirmar”.
O sexto apontamento se refere aos
balancetes dos 10 primeiros meses do ano. “Apesar de já termos sinalizado a
FPFM que não teríamos tempo hábil para avaliação, seria importante termos as
versões finais dos balancetes”,
O último tópico discorre sobre o
detalhamento de receitas e despesas por torneio. “Sugerimos que para cada
torneio realizado pela FPFM seja arquivado junto ao balancete um demonstrativo
de receitas e despesas para verificarmos a viabilidade”, finalizam os
conselheiros.O BLOG DO VALINI apurou ainda que no balancete divulgado pela FPFM, assinado por Alex Bahr, o campo destinado à receitas anuais, está em branco; porém, os campos destinados as despesas anuais foram devidamente preenchidos.