terça-feira, 8 de julho de 2014

Francisco Junior anuncia que será candidato a presidente da FPFM

Em janeiro de 2015, acontece a eleição para escolha do novo presidente da FPFM (Federação Paulista de Futebol de Mesa). Embora algumas pessoas já tenham demonstrado interesse em assumir a entidade, apenas um nome confirmou que vai concorrer ao cargo: Francisco Junior.
            Se dizendo cansado da inércia que se encontra a FPFM, um dos homens fortes do Círculo Militar pretende anunciar sua chapa no próximo mês de agosto e promete mudanças radicais no esporte.
            “Cansei de ser apenas pedra e resolvi ser vidraça. De tanto apontar os erros, agora vou dar as caras e corrigir. Um absurdo, por exemplo, o que aconteceu no último final de semana com a disputa da Taça São Paulo. Baita campeonato importante e não teve divulgação, cheio de erros primários, com regulamentos diferentes. Como alguém marca esse campeonato para concorrer com a Copa do Mundo?”, diz em tom de revolta.
            Segundo Francisco Junior, é preciso repensar o Futmesa paulista. “Os nossos campeonatos são pouco atrativos. Falta renovação no esporte. O poder está nas mãos de poucas pessoas, precisamos descentralizar isso. Veja só, já é terça-feira e o site da federação não tem uma linha falando sobre a Taça São Paulo, isso não pode acontecer!”, analisa.
            Com o slogan “Arregaçando as mangas porque a Federação não pode ser dirigida do sofá de casa”, Francisco Junior promete alterações significativas no esporte. “Primeiro vou delegar poderes, trazer gente competente, cada um na sua área e para isso já tenho nomes quase certos. Depois vamos mexer nos formatos dos campeonatos. Vou acabar com o Aspirantes, que acabou se tornando um campeonato chato. Vamos acoplar as equipes do B na Série A-2, sem direito ao acesso. Criarei um Conselho Arbitral que será responsável por ouvir a ideia dos clubes, organizar e colocar em debate. Vamos autorizar também os botonistas do Master a jogar em outra categoria”, explica.
            Outra mudança que o candidato pretende fazer, se eleito, é na denominação das séries nos torneios individuais. “Voltaremos a ter Ouro, Prata, Bronze e Extra e acabaremos com as divisões, pois isso valoriza mais a conquista de cada atleta”, finalizou.

sábado, 5 de julho de 2014

Taça São Paulo é disputada com regulamento diferente entre as séries

Ismael - Campeão da Taça SP do Interior
O que era para ser uma grande festa do Futebol de Mesa paulista, acabou sendo marcado pela bagunça que se tornou o regulamento da competição. O torneio que aconteceu neste sábado (5), deveria ser disputado, conforme consta no regulamento oficial da Federação Paulista de Futebol de Mesa (FPFM), por séries com 16 botonistas, onde os mesmos se enfrentariam em turno único, sagrando-se campeão aquele que anotasse mais pontos. Porém, não foi bem isso que aconteceu. Enquanto o Ginásio de Esportes de São Bernardo do Campo assistia uma série (4ª Divisão) sendo disputada por 8, isso mesmo, OITO botonistas, jogando em pontos corridos, em Campinas, na Taça São Paulo do Interior, 21 botonistas foram divididos em grupos na Primeira Fase, e o campeão foi definido no sistema mata-mata. Em contato com vários atletas que jogaram a Taça do Interior, a grande maioria repudiou a fórmula de disputa e afirmou que a tabela foi feita pela própria FPFM, sem consulta alguma com os participantes. “Ridículo. Pra que serve o ranking, se depois colocam todo mundo para jogar?”, questionou um dos botonistas.
            O BLOG DO VALINI conversou com o diretor técnico da FPFM, Vinícius de Simoni, que explicou as mudanças. “A FPFM determinou que a série do Interior fosse disputada com os 21 inscritos, evitando deixar gente de fora, para que todos joguem como temos feito nos últimos anos. A forma de disputa foi determinada pela direção técnica para atender esta quantidade de jogadores. O próprio regulamento diz: ‘Caso ocorra qualquer problema no formato do evento, é de exclusiva competência da Diretoria Técnica determinar a adaptação ou novo formato do torneio e possível rearranjo das séries necessárias’. Ano passado me lembro bem, fizemos séries menores no Interior para atender a todos. Esse ano fiemos uma série maior para atender a todos também. Em todas as formas de disputa existem aprovação por uns e reprovação por outros. A FPFM está sempre aberta a sugestões e melhorar cada vez mais”.

OS CAMPEÕES:
            Apesar dos absurdos registrados, a bolinha rolou e campeões foram conhecidos. Na Taça São Paulo – Capital, as quatro divisões foram disputadas, de forma inédita, em um mesmo local. E o atual campeão brasileiro Jefferson (Palmeiras), mais uma vez, mostrou um grande Futmesa e ficou com o título. Porém, a conquista foi dramática e só veio no saldo de gols, uma vez que terminou empatado com Farinha (Círculo Militar), ambos com 31 pontos, mas no saldo 18 a 14 pró Jefferson. Lê (Meninos) terminou em terceiro, com Albarello (Círculo Militar) em 4° e Diney (Palmeiras) na 5ª posição. Sérgio Ricardo (Meninos), que não compareceu e Rodrigo Ribeiro (Maria Zélia), que abandonou o torneio ainda no período da manhã, foram as ausências e com isso, a série foi disputada por 14 botonistas.
            Pela 2ª Divisão, o título ficou com Renan (Corinthians), que anotou 28 pontos em 15 jogos. Fabinho Israel (Nacional), com dois pontos a menos, foi o vice. Em 3º Lugar terminou Tadeu (Corinthians). O quatro foi Arthurzinho (Círculo Militar) e o quinto lugar ficou com Pietro Varoli (Círculo Militar).
            Na 3ª Divisão, também deu Corinthians. Valbono foi o grande campeão, ao somar 33 pontos em 15 partidas. Lopes (Corinthians) acabou em segundo, seguido por Marcio Lima (Maria Zélia) em 3º; Pedreira (Círculo Militar) em 4º e Telê (Corinthians) em 5º Lugar. O detalhe é que o artilheiro do dia, Sérgio Nenê (Maria Zélia), com 93 gols marcados, acabou apenas em 6º e ficou fora da premiação.
            Já na 4ª Divisão, com apenas oito botonistas, Galdeano (Corinthians) levou o troféu de forma invicta, com 100% de aproveitamento. Tubarão (Sete de Setembro) foi o segundo, com Marcio Muller (Nacional) na terceira posição, Bol (Meninos) em quarto e Festa (Maria Zélia) em 5º lugar.
            Na Taça Litoral, disputada na sede da Portuguesa Santista, 11 botonistas foram às mesas e o campeão foi Ruas (Portuguesa Santista). Guina (2004) ficou em segundo, com Cléo Junior (Ocian) em 3º, Diogo (Ocian) em 4º e Mário (Portuguesa Santista) na 5ª colocação.
            Por fim, na Taça do Interior, disputada na sede do Clube do Botão em Campinas, os 21 atletas foram divididos em três grupos de sete na Primeira Fase. Os 16 melhores avançaram para a Segunda Fase. E a partir daí teve início o mata-mata, que terminou com Ismael (Flamengo) faturando o caneco, ao derrotar Paulo Pinto (Botucatuense) na grande decisão por 5 a 4. O terceiro lugar ficou Golhv (Botucatuense), com Gustavo GB (Noroeste) em 4º e Ton (Noroeste) em 5 lugar.
Participantes da Taça SP Litoral

terça-feira, 1 de julho de 2014

Rodrigo Ribeiro e a arte da decoração

Neste final de semana os botonistas paulistas vão às mesas, em plena Copa do Mundo, para a disputa da tradicional Taça São Paulo de Futebol de Mesa. A competição deste ano terá uma novidade: na categoria Adulto, os jogadores dos times da Capital, estarão reunidos, em todas as séries, no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo do Campo. O torneio também terá séries no interior (Campinas) e litoral (Santos).
            E já que o assunto é Futebol de Mesa, Copa do Mundo, competição, um detalhe que chama a atenção: a decoração dos times. E quem vem fazendo bonito na arte é Rodrigo Ribeiro, botonista do Maria Zélia, que transformou o hobby em “profissão”. Nesta entrevista ao BLOG DO VALINI, o atleta explica como começou no ramo, as técnicas, os pedidos inusitados, a forma de trabalho e muito mais. Confira!

BLOG: Como e por que você começou a decorar botões?
Rodrigo: Sempre decorei meus próprios times, exceto uma vez ou outra que pedia a decoração. Decorava por gosto e para que outras pessoas admirassem minhas decorações. Isso foi aumentando e como tenho uma grande variedade de times (troco muito meus times reservas), a divulgação e interesse de outras pessoas foram aumentando automaticamente e tomando grandes porporções.

BLOG: Como praticamente não existe mais “decadry” no mercado para se comprar, qual é o tipo de material que você utiliza para decorar?
Rodrigo: Comprei alguns lotes grandes de decadry, letraset e decalc. Tenho cartelas para anos de decorações. Foi um investimento muito alto que fiz, mas agora estou colhendo frutos e aumentando ainda mais minhas opções de decorações.

BLOG: Qual é o segredo para decorar? Existe alguma técnica? Quanto tempo leva para um time ficar pronto?
Rodrigo: Acho que o principal é gostar. Fazer por obrigação ou com tempo apertado, normalmente não fica bom. Faço para todos, como se fossem meus times. Adoro ver meu trabalho nas mesas de jogo. Tem técnica, mas como é um trabalho artesanal, cada um acha seu jeito de decorar. A melhor técnica é a paciência! O tempo é um pouco relativo, depende da decoração e do material do botão, que às vezes não dá muita aderência. Minha produção máxima foram 13 times, em um domingo, das 8 da manhã até a meia-noite. Hoje uma encomenda está com o prazo de entrega em 20 dias.

BLOG: Quais foram os pedidos mais inusitados que você recebeu de decoração?
Rodrigo: Bom, convenhamos que o pessoal do nosso meio seja um pouco maluco, inclusive eu... Decorações de times em si, que eu me recorde, nada em especial, mas em relação a tempo, tem uns absurdos. Decorar de um dia para outro, chegar mais cedo em um torneio para decorar e o cara jogar, são alguns exemplos que já aconteceram.

BLOG: Quais são os times mais solicitados?
Rodrigo: Os times solicitados são os do momento. Campeões atuais e seleções marcantes são disparados os mais procurados. Time específico mais procurado é o Barcelona/ESP. Do Brasil, os times paulistas predominam nos pedidos.

BLOG: Com quais tipos de letras e números você trabalha?
Rodrigo: Devido ao meu investimento, tenho letras e números dos padrões habituais. Os tamanhos 2,5mm e 4,0mm são os mais usados.

BLOG: Você faz decoração apenas para os botonistas de São Paulo ou para todo o Brasil?
Rodrigo: O meu trabalho começou fazendo somente para o meu uso, depois cresceu para os amigos de clube, cresceu para o Futmesa paulista e hoje decoro para todas as cidades. Tenho, aproximadamente, 20 entregas por semana, sendo que as encomendas são para todas as regiões do Brasil.

BLOG: Como consegue lidar com as decorações e sua vida pessoal?
Rodrigo: O jogador é ansioso. Por mais que dê um prazo de entrega, muitos ficam, dia a dia, perguntando sobre como está seu pedido e isso mais interferindo em produção e no meu dia a dia pessoal. Em qualquer lugar que vá, ficam notificações em meu celular e quando dá uma folguinha atendo a todos.

BLOG: Qual o preço médio de uma decoração? Existe inadimplência?
Rodrigo: Os preços variam conforme gosto e imaginação do cliente (botobista), a mais simples começa com R$ 25,00. Conforme o uso maior de cores, mais cara fica devido ao custo de material. Já sobre problemas com pagamento, infelizmente tive e ainda tenho. Demorei quatro meses para receber uma decoração de R$ 30,00 e várias situações que acabam desgastando este trabalho.

BLOG: A decoração traz novos negócios?
Rodrigo: Trabalho muito com revenda de times. Times novos e muito bem conservados, que as pessoas não se adaptam, e me procuram para achar um time “com a sua cara”. A pessoa personaliza seu time e me entrega o que não gostou. Também possuo um estoque de times para aqueles que procuram times com preços acessíveis, bonitos e conservados, assim, os “apressadinhos” têm uma nova opção para adquirir seus times.

BLOG: Para aqueles que se interessam, quais são os seus contatos?
Rodrigo: Podem me procurar pelo telefone (11) 98037-1046, pelo e-mail rodrigotribeiro@ig.com.br ou na minha página no Facebook.

Confira abaixo algumas decorações já feitas por Rodrigo Ribeiro: