quinta-feira, 28 de março de 2013

Com críticas, Rio de Janeiro recebe a Copa do Brasil de Futebol de Mesa


Será disputada neste final de semana prolongado (feriado de Páscoa) a Copa do Brasil de Futebol de Mesa. A competição acontece em Nova Friburgo/RJ, no ginásio de esportes do Friburguense. Diferente das outras edições, em 2013 o torneio será uma espécie de “RJ X SP”, com um paranaense e um goiano como intrusos. Serão mais 19 botonistas cariocas e outros 11 paulistas.
O BLOG DO VALINI conversou com alguns botonistas envolvidos na disputa. O que chamou a atenção foram as reclamações sobre a data da competição, que coincide com um feriado santo da Igreja Católica, a distância e até mesmo a forma de disputa, como destacou o atleta carioca Pedreira, do América/RJ. “Particularmente, fiquei muito chateado com a mudança da fórmula. Só descobri depois de inscrito. Era muito legal ter 16 caras tops do brasil disputando o campeonato em pontos corridos. Agora a Copa do Brasil ficou sem nenhum diferencial para os outros torneios. Se soubesse que seria a fórmula, não teria nem me inscrito".
O botonista também lamentou a ausência de atletas de outros estados e disse que o calendário precisa ser revisto. “Acho que a não participação dos outros estados é uma coisa muito ruim. Alguma coisa precisa ser revista no calendário nacional. Não sei se foi a proximidade do Brasileiro Individual, o fato de ser o feriado de Páscoa, se foi a distância de Friburgo, ou por termos muitos torneios no ano, só sei que não houve muito interesse para essa Copa do Brasil”.
Com relação a parte técnica, Pedreira classifica que os botonistas saíram perdendo. “O Paraná é a grande potência do individual nos últimos tempos e só vem com o Robertinho. Muita gente boa fora do eixo ‘RJ XSP’ também ficou de fora. A medida dos botões e o estilo de jogo dos jogadores de cada estado variam muito. A falta dessa variedade joga contra o nível técnico da competição. Mas enfim, é claro que teremos muita gente boa e o que sair campeão vai ter que jogar muito”.

Favorito, mas nem tanto...
            Atual campeão da Copa do Brasil, o paranaense Robertinho também lamentou a ausência de mais botonistas fora do rixo Rio-São Paulo. “Uma  pena mesmo não ir mais gente aqui do Paraná. O campeonato acabou ficando numa data ruim pra galera daqui e ainda na contramão. O pessoal achou caro pra participar e tem muita gente com filho pequeno. Tudo complicou”. O multicampeão também reclamou sobre a mudança na forma de disputa. “Eu não gostei da Copa do Brasil seguir o modelo do Brasileiro (Individual). Eu acho que deveria continuar com todos contra todos na última fase”. Sobre sua expectativa para a competição, Robertinho diz que chega sem confiança para defender o “scudetto”. “Não sou mais o cara a ser batido, isso já passou. Troquei de time várias vezes e não achei outro pra jogar. Vou para prestigiar o campeonato, tentar fazer bonito e se o pessoal deixar, quem sabe belisco mais uma Copa. Decidi o time que vou jogar essa semana. Será a primeira vez desde 2007 que vou pra competição sem achar que vou ganhar. É triste, mas a má fase chega pra todos”, concluiu.

Otimismo e confiança
Figura ímpar no Futmesa brasileiro, Bad, botonista do Clube dos 500/RJ, está otimista para a competição e aposta na boa fase para fazer bonito. “A Copa do Brasil é um torneio de tiro curto que não nos permite falhas. Na minha opinião é o segundo torneio do Brasil, individualmente falando, e espero um bom desempenho da minha parte, pois venho de um 16º lugar no Brasileiro do ano passado e continuo jogando em alto nível”.
O também carioca Fabio Borges, campeão sul-americano de Futmesa e que estará defendendo as cores do Círculo Militar no torneio, diz que o segredo é saber dosar os dois primeiros dias da competição. “O segredo é manter uma média regular durante os dias de competição. Não se dá ao máximo nos primeiros dias e dosar as forças para o momento certo. Quando chegar na hora do ‘vamos ver’, ter sangue nos olhos e despejar todas as energias. Um detalhe importante: o clima frio ajudará todos os botonistas”.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Após mais um vexame em casa, Ituano demite técnico


Nem mesmo o dilúvio que caiu em Itu na noite deste domingo (24), impediu que o Galo rubro-negro sofresse mais uma derrota, a sétima em 14 jogos, no Campeonato Paulista. Jogando em casa, o Ituano chegou a sair na frente do Oeste, com um gol de Tiago Bezerra logo no início da partida. Mas, apresentando inúmeras falhas, principalmente defensivas, cedeu o empate ainda na etapa inicial e, na segunda etapa, após uma chuva torrencial que atingiu a cidade e chegou a paralisar o jogo por 15 minutos, em virtude de uma queda de energia, o Oeste virou a partida e, de quebra, jogou o Galo para a 15ª posição na tabela, três pontos apenas à frente do primeiro time da Zona do Rebaixamento. Pior que isso, Roberto Fonseca, o técnico que salvou a equipe da degola em 2012, acabou sendo demitido após o jogo.
            Mas a crise do Ituano vai mais além do que as quatro linhas. O problema passa pela administração do clube. Afinal, um time que iniciou o século conquistando títulos (Paulistão, Série C do Brasileiro), não despenca de uma hora para outra. Desde que o ex-jogador Juninho Paulista assumiu o comando do Galo, a equipe nunca mais foi a mesma. Sempre brigando na parte de baixo da tabela, o time coleciona fracassos e a permanência na elite do futebol paulista parece ser a única coisa que “motiva os dirigentes”.
            A partida deste domingo foi a 71ª do Ituano dentro do Paulistão, sob a administração Juninho Paulista. São ridículas 19 vitórias (26,7%), 16 empates e sonoras 36 (50,7%) derrotas. O time tem 83 gols marcados (média de 1,16 gols por jogo), contra 127 sofridos (média de 1,78 por partida).
            A equipe fez também 33 partidas como mandante, obtendo nove vitórias, nove empates e 15 derrotas. Foram 46 gols marcados e 53 sofridos, um aproveitamento de 36,3% dos pontos disputados dentro do Novelli Junior.
            Se fora dos campos, o “chefe” do futebol em Itu fez a reforma do estádio municipal, ampliando a capacidade do mesmo, e está concentrado na criação de um Centro de Treinamento, em condições de abrigar uma seleção na próxima Copa do Mundo; é preciso lembrar que sem um time decente e com qualidade, nada disso surtirá efeito...

Os números da “Era Fonseca”
            Roberto Fonseca dirigiu o Galo em 25 partidas. A estreia no comando técnico do Ituano aconteceu no dia 22 de fevereiro de 2012, quando a equipe perdeu por 1 a 0 para a Ponte Preta, em jogo válido pela 9ª rodada do Paulistão daquele ano.
Sob sua direção, o rubro-negro obteve sete vitórias, sete empates e 11 derrotas (um aproveitamento de 37,3% dos pontos disputados). A equipe marcou 32 gols e sofreu 43, um saldo negativo de 11. Dentro do Novelli Junior, o desempenho é ainda mais fraco. Foram 11 jogos em casa, com apenas duas vitórias, com cinco empates e outras quatro derrotas (aproveitamento de 33,3%). O time marcou 18 gols e sofreu 21.  
 Roberto Fonseca deixa o time de Itu na 15ª colocação, com 13 pontos ganhos em 14 rodadas.
Fonseca foi demitido após derrota para o Oeste

quinta-feira, 21 de março de 2013

Clubes do litoral se unem para criação de Liga Metropolitana da Baixada Santista



A Baixada Santista dá início neste final de semana a um grande e inovador projeto do Futebol de Mesa. A criação de uma Liga Metropolitana. Para isso, será realizada neste sábado (23), o 1º Torneio Metropolitano de Futmesa. A competição, voltada para os botonistas dos clubes da baixada, terá início às 14h e será disputada em Ulrico Mursa, casa da Portuguesa Santista.
            “Inicialmente pretendemos fazer três Metropolitanos ainda este ano e, no final, fundar a Liga, com os atletas definidos na 1ª e 2ª divisão”, explica Bergamini, um dos organizadores do projeto. De acordo com o botonista, a pontuação será idêntica a que a Federação Paulista utiliza nos Opens e haverá premiação com troféus e medalhas para os vencedores. Além disso, em cada etapa, um botonista que fez história no litoral será homenageado. “Pretendemos homenagear o primeiro campeão estadual, o qual era da baixada - Benito Gravina - mas ainda não decidimos, pois temos vários atletas que estão em outro plano que tanto engrandeceram o Futebol de Mesa e merecem também uma homenagem”.
Segundo Bergamini, o objetivo principal é fortalecer o esporte no litoral. “Nós temos cerca de 60 botonistas nos três clubes da baixada (Clube 2004, Portuguesa Santista e Ocian), mas somente um terço, ou pouco mais, participam efetivamente dos campeonatos internos dos clubes. Ainda temos a esperança que o Vila Souza (do Guarujá), venha engrossar nossas fileiras. Pretendemos fortalecer o Futmesa, esperando despertar o interesse das pessoas (principalmente crianças) e levar adiante a nossa paixão (jogos de botão)”.
A ideia da criação da Liga Metopolitana teve a participação também dos seguintes botonistas: Mario (Portuguesa Santista), Edu Lemos (Praia Grande), Cléo (Ocian/2004), Novaes (2004/Portuguesa Santista), Diogo (Ocian/Portuguesa Santista), Danilo (Portuguesa Santista), Charleaux (Portuguesa Santista), entre outros.
E os planos são ousados. Depois de fundada a Liga, o objetivo será filiá-la junto à Federação Paulista de Futebol de Mesa. “Vamos tentar essa filiação, para que nossos jogos sejam ‘pontuados’ junto a entidade máxima estadual. Não conversamos ainda coma Federação mas, com certeza, o pessoal está observando a gente e sabem o que está ocorrendo”, concluiu Bergamini.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Botonistas aprovam mudanças nos Opens da Federação Paulista



Nos dias 02 e 03 de março foi realizado o 1º Open do ano, torneio individual promovido pela Federação Paulista de Futebol de Mesa. A competição foi disputada em três sedes distintas. A cidade de São Bernardo do Campo recebeu a Primeira, Segunda e Terceira Divisão do Adulto, além da categoria Máster. Já os municípios de Bauru e Americana realizaram o Open do Interior. Somados todos os torneios, cerca de 180 botonistas do Estado de São Paulo se dividiram entre as sedes, um marco no Futmesa paulista. Porém, o que chamou a atenção foram as mudanças estabelecidas para este ano.
            A primeira delas diz respeito a oportunidade que o botonista, principalmente quem reside no interior, tem de escolher o local em que irá disputar, podendo optar por um torneio mais próximo de sua cidade. Outra mudança foi o acesso e rebaixamento nas três divisões da categoria Adulto e por último, a não premiação de botonistas que deixam o local do torneio, antes do término do campeonato.
            Sobre esses assuntos, o BLOG DO VALINI conversou com o presidente da FPFM, Jorge Farah, que explicou os motivos que levaram a Federação Paulista e tomar essas medidas. O presidente começou dizendo que não entregar medalhas para aqueles que vão embora antes do encerramento da competição começou em 2010 e que hoje a FPFM ainda faz este tipo de premiação (até o 8º de cada categoria) por um pedido dos próprios botonistas. “A atitude de não entregar a premiação aos que se retiram do local de competições, na verdade, já havia sido tomada por esta diretoria desde 2010, quando percebemos que alguns atletas estavam ausentando-se antes da premiação, o que é lamentável, posto que quando você se dispõe a participar de um campeonato, tem que se programar, independente de qual fase atingiu. A partir do momento que existe uma premiação, que estamos fazendo por uma solicitação dos próprios atletas (que se premie ate o 8º colocado), o mesmo tem que ficar para receber”.
            Farah disse também que a situação pode ser revista e cogita, inclusive, premiar apenas os três primeiros colocados. “Caso nós, com o tempo, venhamos a perceber que não existe interesse, alteraremos a premiação, fazendo como qualquer esporte normal, que premia apenas os 3 primeiros colocados, assim ninguém ficará ‘obrigado’ a permanecer até o final do evento”.
Outro desabafo feito pelo presidente da Federação Paulista de Futebol de Mesa diz respeito aos custos que o esporte proporciona, que segundo ele, são altíssimos. “O Futebol de Mesa premia demais, se não veja, em cada divisão se premia os 8 primeiros colocados, caso tenhamos 4 divisões de Adultos você entregará 32 premiações, mais as do interior em número de duas sedes com mais 16 prêmios e ainda o Máster com mais 8 prêmios. Portanto, são 56 troféus e medalhas, para um esporte amador e pobre, um custo altíssimo, mais aluguel de local, bolas, traves, mesas, mão de obra, etc., veja o custo disto e ainda ouvimos e temos que ler comentários que é um troféu a mais, ou mais uma disputa, é apenas um pequeno custo a mais para a Federação. Dar mais uma premiação ou fazer um torneio repescagem, demanda tempo, mão de obra, trabalho de pessoas, a maioria das vezes não remunerada, enfim ideias ‘faraônicas’ que não são do presidente (me perdoe a brincadeira). Quero deixar claro que tudo que se faz hoje no nosso Futebol de Mesa é baseado em ideias dos próprios botonistas, lógico que as ideias são importantes, mas, tem que se racionalizar, pensar em que aquilo irá interferir, e de que forma”.
            No Open do último final de semana, os botonistas Garcia (8º da Primeira Divisão), Paolo (5º da Segunda Divisão), Hylson (6º da Segunda Divisão) e Limão (8º da Segunda Divisão) acabaram ficando sem a premiação, uma vez que deixaram o local, antes do término do torneio. Em contato com o botonista Hylson (um dos punidos), o mesmo afirmou que a atitude tomada pela FPFM está correta. “Acho justíssimo! (não receber a medalha). Só fui embora porque o estava de carona com o Paolo e ele insistiu. Acho uma falta de respeito o cara ficar até as quartas e quando eliminado sair antes da premiação”.

ACESSO E REBAIXAMENTO
            Outro ponto muito comentado pelos botonistas, em sua grande maioria de forma positiva, foi a questão das divisões e os acessos e rebaixamentos. Para o presidente Farah, a mudança facilitou a interpretação de leigos. “Pelo que pude perceber a separação em divisões foi do agrado da maioria dos botonistas, e para que os leigos entendam como funciona o esporte, ficou muito mais fácil, pois agora você tem campeões de divisões e não de Ouro, Prata, etc., o que era muito complicado para explicar agora ficou fácil e claro”.
            O presidente da Federação Paulista também deixou claro que a mudança deixou a competição mais atraente e competitiva. “A tendência dos Opens é ter acesso e descenso independente de ranking, acho que este é um caminho sem volta, torna o evento muito mais competitivo e atraente. Ainda não definimos detalhes, pois é muito cedo ainda, mas a tendência é que caiam vários e suba o mesmo número que cair. Vamos ver todos os detalhes ainda, é muito cedo para definições, tudo está em estudos, mas não deve fugir desta nova tendência.
            No primeiro Open do ano, os botonistas que sofreram com o rebaixamento foram: Dile (Maria Zélia), Alex Bahr (Corinthians) e Schalke (Meninos) na Primeira Divisão; Dani (Corinthians), Miguel (Fundação) e Sérgio Nenê (Maria Zélia) na Segunda Divisão.
            O atual campeão paulista Individual Alex Bahr, mesmo caindo de divisão aprovou a novidade. “Eu sou a favor disso sim, mesmo eu tendo sido a vítima. Sou a favor também do número menor de participantes por séries, considero ideal cada divisão ter 24 atletas”.
            Entre os que conquistaram o acesso, estão: Arthurzinho (Fundação), Melli (Palmeiras) e Chico Rojo (Cisplatina) da Segunda para a Primeira Divisão; Perrotti (Círculo Militar), Fúlvio (nacional) e Dedê Sírio (Jacareí) da Terceira para a Segunda Divisão.
            Procurado pelo BLOG DO VALINI, o campeão da Terceira Divisão, Paulo Perrotti, vê a mudança como interessante e estimulante. “Na minha opinião, a mudança de séries para divisões é algo bem interessante, pois visa premiar aqueles que tem boa performance nas divisões de base, além de estimular aqueles que estão nas últimas posições a não relaxarem ou abandonarem o torneio pois, caso contrário, serão punidos com o descenso.
            Perrotti também sugere que a FPFM estimule os clubes a promover torneios internos e cita o Tênis como referência. “Paralelamente, creio que a Federação deveria estimular torneios especiais, de menor porte, na sede dos clubes, como a ATP realiza com os tenistas. Este é um grande sonho que tenho como jogador e dirigente no esporte: poder descentralizar a realização dos torneios. Espero que, para o ano que vem, possamos fazer uma revolução neste sentido. Estou à disposição para ajudar”

SÉRIES DO INTERIOR
Também elogiada pelos botonistas foram os Opens do Interior. Tanto na cidade de Bauru, como em Americana, o torneio contou com a aprovação dos atletas. Para o presidente Farah, trata-se de uma medida que atingiu o objetivo. “As séries do Interior foram um sucesso, para uma primeira experiência, afinal de contas quase 60 atletas jogando, muito bom, facilitando o deslocamento de todos. Esta é uma tendência que deverá ser seguida, embora neste segundo Open tenhamos apenas uma sede no interior, por decisão conjunta do presidente e do diretor técnico. No terceiro Open voltaremos com as duas sedes, tudo vem a ser um grande teste para as mudanças”.

ESCLARECIMENTO:
            Ainda a respeito sobre a questão do acesso e também do rebaixamento, o BLOG DO VALINI foi buscar informações a respeito de como irá funcionar esta fórmula nos próximos torneios. Resumidamente, a informação obtida junto a representantes da Federação Paulista, o rebaixamento seria uma “punição’ ao botonista. Como exemplo citamos a questão do atual campeão paulista da modalidade, Alex Bahr. O botonista foi rebaixado para a Segunda Divisão. No próximo Open, se ficar entre os três últimos jogará a Terceira Divisão e se ficar entre os três primeiros, sobre para a Primeira divisão novamente. Porém, se ele não cair, nem subir, no próximo Open (o terceiro da temporada) ele volta a se classificar pelo ranking. A explicação é que se trata de um torneio baseado no ranking e que o rebaixamento ou aceso seria como um “bônus” ou uma “punição”.