quinta-feira, 19 de abril de 2012
Botonistas “torcedores” analisam o mata-mata do Paulistão 2012
Começa neste final de semana (dias 21 e 22), a fase final do Paulistão 2012. Após 19 rodadas classificatórias, oito equipes, sendo quatro do interior e os quatro grandes de São Paulo iniciam o mata-mata, porém, em jogo único. Se as partidas terminarem empatadas no tempo normal, a decisão do classificado sairá nos pênaltis.
O primeiro confronto acontece no sábado (21), às 18h30 no Morumbi, entre São Paulo (2º) X Bragantino(7º). No domingo, mais três partidas: Corinthians (1º) X Ponte Preta (8º), às 16h, no Pacaembu; no mesmo horário, Santos (3º) X Mogi Mirim (6º), na Vila Belmiro e fechando a fase, às 18h30, em Campinas, Guarani (4º) X Palmeiras (5º).
O BLOG DO VALINI conversou com seis botonistas, que analisaram as chances de seus respectivos times nesta fase final. Confira:
Para o corinthiano Haroldo George Gepp (botonista do Cisplatina), o mata-mata do Paulistão será um bom teste para o Timão. “Acredito que pela Ponte passa. Acho que o time do Corinthians é bem melhor, mas em mata-mata em tudo pode acontecer. Depois é que eu quero ver esse time que não faz gols”, aposta.
Gepp também destaca que a bola parada pode ser a principal arma do time campineiro. “Tem aquele Renato Cajá que bate bem na bola.Também pode acontecer um contra ataque naquelas inúmeras bolas que o Corinthians perde no ataque”.
Sobre o fato do Corinthians ter fechado a primeira fase em primeiro lugar, Gepp descarta que o time seja o principal favorito ao título Paulista. “Principal favorito acho que não. São quatro ‘principais’ favoritos, Santos, São Paulo, Corinthians e Palmeiras. Agora é outro campeonato”, ressalta.
Por fim, o corinthiano não acredita que a Libertadores possa interferir na reta final do Paulistão. “São dois torneios distintos e, acredito que o Corinthians está bem mais interessado na Libertadores”, finalizou.
Do outro lado, o pontepretano Marcio Costa (botonista do Clube do Botão), não está nem um pouco otimista para o confronto deste domingo. “Já seria difícil para a Ponte, mas pra ajudar o time não está jogando nada. Pode acontecer, mas acho muito difícil” desabafa.
Marcio ressalta ainda que o time de Campinas depende muito do seu camisa 10 e que as equipes que vão à campo neste confronto serão bem diferentes das que se enfrentaram no último final de semana. “A Ponte depende do Renato Cajá, mas ele não vem jogando bem. Domingo, jogamos sem dois ou três jogadores, sendo que só o Uendel joga alguma coisa. Já o Corinthians terá praticamente o time todo titular de volta. Não vou dizer que não irei torcer, mas acho difícil”.
O botonista campineiro também acrescenta que existe uma grande disparidade entre os clubes grandes e as equipes do interior. “Pra falar a verdade, acho que até o Guarani vai ficar para trás. Digo isso não por ser pontepretano, mas é que na hora H, os grandes irão prevalecer. A distâncias dos quatro grandes para o restante é absurda”.
Marcio finaliza dizendo que o problema da Ponte não está no comando técnico, mas sim, na mentalidade dos jogadores. “Raramente você vê o time fazer um gol e tentar o segundo, já quer segurar o resultado. Ou então, quando o jogo é fora, entra pra empatar, não tem ambição”.
O sãopaulino Robson Mota (Bloco do "R") não tem dúvidas: “Se o Lucas jogar bola, o São Paulo ganha do Bragantino”. Para ele, o jogo da primeira fase, que terminou empatado em 3 a 3, faz parte do passado e, em nada, irá influenciar no confronto deste sábado. “Foi um jogo duro lá em Bragança na primeira fase, mas o São Paulo parece ter arrumado a defesa, que estava sendo o grande problema, pelo menos no início do campeonato. Naquela oportunidade o Tricolor estava meio sem confiança na defesa, os zagueiros sem confiança, mas o nome do jogo ainda é Futebol”, completa.
Questionado sobre a possibilidade de, finalmente, Luis Fabiano, resgatar seu bom futebol com a camisa do São Paulo, Robson demonstra insegurança. “Está difícil engrenar o Fabuloso, mas é uma grande oportunidade dele provar a que veio. Com vontade ele está, as contusões atrapalharam um pouco, mas ele precisa corresponder a partir de agora, afinal o Brasileiro, principal competição para o São Paulo este ano, vai começar já e o Campeonato Paulista pode ser o teste decisivo”
Robson também lamenta que as contusões de Luis Fabiano atrapalharam o crescimento do garoto Willian José. “Acho que estas saídas do time por contusão e, consequentemente as voltas, atrapalhou a sequência do Willian José que vinha fazendo vários gols”.
Na visão do santista Sérgio Ricardo (botonista do Santos), o Peixe vai “passar o trator” no Mogi Mirim neste domingo. O botonista destaca que a partir de agora, o campeonato será outro. “Agora é o mata mata, o time vai completo, focado na vitória, as 19 partidas da primeira fase são outra historia. Usando esses fatores, mais o fato de jogar na Vila, creio que o Santos tem 99% de chances de classificação”.
A equipe praiana estará em campo nesta quinta-feira, para enfrentar o The Strongest (Bolívia) pela Copa Libertadores, porém, nada que possa afetar o desempenho do time. “O Strongest vem buscando classificação de Libertadores, já o Mogi, tende a dar uma tremida contra o Santos no mata-mata”.
Sobre a evolução de Paulo Henrique Ganso e a possibilidade de atingir o auge na reta final, Sérgio Ricardo não mostra otimismo. “Até espero, mas acho que o destaque será mesmo o Neymar. O Ganso está voltando a jogar bem, mas o Neymar continua muito embalado”, conclui.
“Espero do fundo do meu coração essa classificação”. Foi com essa frase que o botonista, presidente da Federação Paulista de Futebol de Mesa, José Farah (atleta do Cisplatina), definiu a expectativa para o confronto deste domingo contra o Palmeiras. Como torcedor ferrenho do Bugre, Farah aposta também na mística. “Sabe como é, o Guarani tem sorte contra o Palmeiras, né? Quem sabe 1978 acontece de novo”, explica.
Para ele, o ataque do Guarani é o ponto forte da equipe e o centroavante Bruno, de apenas 17 anos tem tudo para brilhar nesta reta final. Sobre a crise que o clube atravessa, Farah descarta qualquer reflexo dentro de campo. “Não acredito. Talvez possa refletir na semifinal”.
Farah alerta apenas para o banco do Palmeiras. “Felipão tira leite de pedra”.
Do outro lado do confronto, o palmeirense Hylson Mamoni (que atua pelo Palmeiras), acredita cegamente na classificação. “Apesar dos últimos jogos eu acho que passa. Primeiro porque o Palmeiras tem camisa e, principalmente, porque o Guarani é muito fraco, apesar do último jogo”, destaca.
Sobre o retrospecto negativo diante do Guarani, Hylson ignora. “O Palmeiras perdeu uma final para o Guarani. Quais outros jogos importantes eles ganharam de nós? Nenhum! Em 1994, pelo Brasileirão, batemos neles em Campinas e no Pacaembu”, argumenta.
Mas, como bom palmeirense, também alerta para os problemas que a equipe enfrenta desde a fatídica perda da invencibilidade para o Corinthians. “O que pode pesar é a sequência ruim, depois da derrota para o Corinthians. O jogo contra o Guarani na primeira fase não valia muita coisa. Mas tudo depende de como vai começar o jogo. Se tomar um gol no início pode complicar sim”. Além disso, Hylson as qualidades do técnico bugrino. “O time é bem armado pelo competente Vadão, mas não dá pra pensar em surpresa”.
Perguntado sobre as possíveis conseqüências em uma eliminação, o botonista palmeirense foi enfático. “Sinceramente, acho que não acontece nada. Não temos comando, o presidente é omisso, a diretoria de futebol incompetente. Tempos atrás já teriam mandado o Felipão embora. Tá ganhando muito e produzindo pouco”, desabafa.
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