quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Caixa da FPFM cai de R$ 60 para R$ 7 mil em apenas um ano e contas são rejeitadas pelo Conselho Fiscal

As contas da Federação Paulista de Futebol de Mesa (FPFM), referentes ao primeiro ano da gestão Ernandes Roberto Felício Junior, foram reprovadas pelo Conselho Fiscal. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (16). De acordo com o balancete emitido pela FPFM, referente apenas ao mês de novembro, o caixa atual da entidade responsável pelo Futmesa no Estado de São Paulo, que era de aproximadamente R$ 60 mil no final da gestão Farah, possui apenas R$ 7 mil.
            “Fizemos nossas análises e questionamentos e, infelizmente, não foi possível concluir e REPROVAMOS as contas apresentadas (os saldos apresentados são aproximados). Caso julgue necessário (conforme determina o estatuto da FPFM), solicitamos maiores explicações e acesso aos documentos probatórios das despesas para que possamos reavaliar o balancete”, explicam os membros do Conselho Fiscal, Julio Simi Neto, Cleo Domingos e Renan Melo Silva.
            O Conselho Fiscal apresenta ainda uma lista com diversos problemas encontrados no balancete apresentado pela Federação Paulista. O primeiro caso diz respeito ao reembolso de despesas do presidente Ernandes Roberto Felício Junior (Dentinho). “Reembolso direto dos campeonatos Sulamericano e Brasileiro. O presidente não foi representar a Federação Paulista, e sim, a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa. Logo, não tem sentido ser reembolsado pela FPFM, e sim, pela CBFM; Reembolso indireto: as despesas não podem transitar para contas de terceiros, tem que ser pago direto ao prestador (mediante contrato e comprovante que não foram apresentados)”, relatam os membros do Conselho Fiscal.
            O segundo caso versa sobre as despesas com o celular do presidente. “Não é cabível que a FPFM pague as despesas de celular da presidência, exceto que esse seja de uso exclusivo da Federação. Todavia, será necessário rever o plano, afinal R$ 400 por mês não se justifica”, apontam os conselheiros.
            O terceiro tópico versa sobre o saldo em conta da Federação Paulista de Futebol de Mesa. “O saldo apresentado em novembro de 2015 é de R$ 7 mil. Já em dezembro de 2014 era de R$ 60 mil. Foi justificado que a variação se deu na aquisição de mesas, bolinhas, cavaletes, aluguel da sede e guarda de mesas (somando R$ 46 mil). É sabido por todos que a FPFM possui receitas diversas no decorrer do ano (inscrições de torneios, filiação de clubes e atletas, Copa do Brasil, RioXSão Paulo, dentre outros), logo não conseguimos concluir a referida variação”, questiona o Conselho Fiscal.
            A quarta questão diz respeito ao caixa pequeno. “O caixa pequeno deveria existir apenas para pequenas despesas (como o próprio nome já diz), porém, já transitou cerca de R$ 30 mil. Solicitamos a abertura de dados e comprovantes de despesas, porém, não nos foram apresentados”, reclamam os conselheiros.
            Outro ponto envolve os depósitos não identificados. “Alguns clubes aparentam ter valores expressivos em aberto. É necessário confirmar”.
            O sexto apontamento se refere aos balancetes dos 10 primeiros meses do ano. “Apesar de já termos sinalizado a FPFM que não teríamos tempo hábil para avaliação, seria importante termos as versões finais dos balancetes”,
            O último tópico discorre sobre o detalhamento de receitas e despesas por torneio. “Sugerimos que para cada torneio realizado pela FPFM seja arquivado junto ao balancete um demonstrativo de receitas e despesas para verificarmos a viabilidade”, finalizam os conselheiros.
           O BLOG DO VALINI apurou ainda que no balancete divulgado pela FPFM, assinado por Alex Bahr, o campo destinado à receitas anuais, está em branco; porém, os campos destinados as despesas anuais foram devidamente preenchidos.