Ele começou
na Superliga (2001/02), passou pelo Tietê (2003/04), Nacional (2005/06), Meninos
(2009/10) e, por duas vezes, vestiu as cores do Bloco do “R” (2007/08 e 2011). Hoje
continua brilhando, só que em outro tipo de mesa. Rodrigo Pires se tornou um
amante do Poker. Pratica o esporte há cerca de três anos, mas foi no último mês
de janeiro que conseguiu seu maior feito: Vencer o Capital Poker Fest (foto).
Nesta entrevista, o ex-botonista fala sobre os motivos que o tiraram do
Futmesa, seu ingresso no mundo do Poker, o crescimento desse “perigoso”
esporte, sua semelhança com o Futebol de Mesa e claro, seus projetos futuros. O
BLOG DO VALINI foi recepcionado por Pires, na mansão que o atleta, agora de
Poker, ostenta na belíssima cidade de Sorocaba. Confira o bate papo:
BLOG: Por que você
resolveu deixar o Futebol de Mesa?
Rodrigo Pires:
Em 2010 comecei a ter menos tempo livre. Estava difícil conciliar trabalho,
família e Futebol de Mesa e ainda por cima comecei a levar o Poker mais a
sério. Não tinha mais tempo para treinar e os resultados já não eram mais os
mesmos. Comecei a desanimar.
BLOG: É verdade que
em 2011, quando você jogava pelo Bloco do "R" roubaram seu carro em
Sorocaba e o bandido acabou levando todos os seus times que estavam no veículo?
Poderia explicar essa história?
Rodrigo Pires:
Sim, mas na verdade foi em São Paulo. Foi no dia do meu último jogo federado,
contra o Corinthians, no Parque São Jorge. Esqueci meus botões dentro do carro
e sai à noite. De madrugada, quando fui deixar minha namorada da época em casa,
atrás do Shopping Morumbi, chegaram dois bandidos armados e levaram o carro.
Felizmente não aconteceu nada conosco. Uns 20 dias depois acharam o carro
inteiro, mas sem os pertencer que tinham nele.
BLOG: Hoje você não
tem mais nenhum time de botão?
Rodrigo Pires:
Não. Me levaram os três times que eu tinha na época, pois não era de fazer
coleção. Mas a maior perda foi a palheta, que já jogava há uns 10 anos.
BLOG: O que te fez
gostar do Poker? Quando passou a praticar?
Rodrigo Pires:
O começo do Poker foi bem parecido com o Futebol de Mesa. Comecei jogando com
os amigos do bairro, mas eles desanimaram antes de mim e aí tive que procurar
outros jeitos de jogar. No caso do Futebol de Mesa fui procurar um clube e no
Poker procurei uma casa de Poker, que é o que não falta em São Paulo.
BLOG: Muitos dizem
que o Poker é um esporte que vicia e se perde muito dinheiro. Você concorda?
Rodrigo Pires:
Concordo. Nesse meio conhecemos muitas historias de pessoas que perderam quase
tudo no jogo. O Poker é um esporte que requer muita disciplina e estudo, os que
fazem isso levam vantagem sobre os outros e dificilmente irão perder dinheiro.
O mais importante é jogar torneios em que o valor de entrada seja o suficiente
para te dar uma certa adrenalina, mas não te faça falta na vida pessoal.
BLOG: Em janeiro
último, você venceu um torneio em São Paulo? Foi sua primeira conquista? O que
isso significou pra ti?
Rodrigo Pires:
Sim. Não foi a primeira conquista, mas com certeza a mais importante até agora.
O torneio se chama Capital Poker Fest e é disputado uma vez por mês no H2, maior
casa de Poker de São Paulo. Foi disputado em apenas um dia, mas foram mais de
14 horas de jogo. Tem que gostar!!! rs
BLOG: Existe alguma
semelhança entre o Futebol de Mesa e o Poker?
Rodrigo Pires:
Acho que a maior semelhança é a concentração que precisa se ter. Enquanto no
Futebol de Mesa se pode perder um jogo em um ataque errado, no Poker se pode
colocar em risco horas de torneio em apenas uma jogada errada.
BLOG: Como o Poker é
visto no Brasil hoje? É um esporte em ascendência?
Rodrigo Pires:
A cada dia que passa cresce mais o número de jogadores no Brasil. As maiores
casas estão sempre cheias, não importa o dia da semana. Em São Paulo há
torneios todos os dias e de vários níveis diferentes, é só escolher. Os jogos
que passam na ESPN (canal de TV por assinatura) ajudam bastante a divulgar o
esporte. Para se ter uma ideia, o maior torneio do Brasil acontece todo final
de ano e reúne cerca de 1500 jogadores que terão que desembolsar este ano R$ 2,2
mil cada. É muito dinheiro envolvido.
BLOG: Quais são seus
projetos futuros?
Rodrigo Pires:
Então, sempre joguei torneios de nível mais baixo (entrada de R$ 100/150 em que
o campeão ganha de R$ 2 a
3 mil) e arriscava uns três ou quatro torneios médios por ano (entrada de R$
300/400 em que o campeão ganha entre R$ 10 e 15 mil).
Dos de nível baixo já ganhei uns 10 torneios, mas é o primeiro que ganho de
nível médio. Com essa conquista, pretendo jogar mais torneios de nível médio e
encarar uns dois Campeonatos Paulistas no ano (entrada de R$ 800). E vamos
subindo aos poucos de nível.
BLOG: Pensa em voltar
a jogar Futebol de Mesa?
Rodrigo Pires:
Apenas se eu tiver tempo para treinar, pois já estava cansado de acertar o pé
dos goleiros adversários!..rs
Um comentário:
Grande R. Pires!
Joguei com ele na Superliga do tio Eddie...
Se pintar aqui para ler os comments, considere-se abraçado.
____________ Jones
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