Será disputada neste final de semana prolongado (feriado de Páscoa) a Copa do Brasil de Futebol de Mesa. A competição acontece em Nova Friburgo/RJ, no ginásio de esportes do Friburguense. Diferente das outras edições, em 2013 o torneio será uma espécie de “RJ X SP”, com um paranaense e um goiano como intrusos. Serão mais 19 botonistas cariocas e outros 11 paulistas.
O BLOG DO VALINI conversou com
alguns botonistas envolvidos na disputa. O que chamou a atenção foram as
reclamações sobre a data da competição, que coincide com um feriado santo da
Igreja Católica, a distância e até mesmo a forma de disputa, como destacou o
atleta carioca Pedreira, do América/RJ. “Particularmente, fiquei muito chateado
com a mudança da fórmula. Só descobri depois de inscrito. Era muito legal ter
16 caras tops do brasil disputando o campeonato em pontos corridos. Agora a Copa
do Brasil ficou sem nenhum diferencial para os outros torneios. Se soubesse que
seria a fórmula, não teria nem me inscrito".
O botonista também lamentou a ausência
de atletas de outros estados e disse que o calendário precisa ser revisto. “Acho
que a não participação dos outros estados é uma coisa muito ruim. Alguma coisa
precisa ser revista no calendário nacional. Não sei se foi a proximidade do
Brasileiro Individual, o fato de ser o feriado de Páscoa, se foi a distância de
Friburgo, ou por termos muitos torneios no ano, só sei que não houve muito
interesse para essa Copa do Brasil”.
Com relação a parte técnica, Pedreira
classifica que os botonistas saíram perdendo. “O Paraná é a grande potência do
individual nos últimos tempos e só vem com o Robertinho. Muita gente boa fora
do eixo ‘RJ XSP’ também ficou de fora. A medida dos botões e o estilo de jogo
dos jogadores de cada estado variam muito. A falta dessa variedade joga contra
o nível técnico da competição. Mas enfim, é claro que teremos muita gente boa e
o que sair campeão vai ter que jogar muito”.
Favorito, mas nem
tanto...
Atual campeão
da Copa do Brasil, o paranaense Robertinho também lamentou a ausência de mais
botonistas fora do rixo Rio-São Paulo. “Uma pena mesmo não ir mais gente aqui do Paraná. O
campeonato acabou ficando numa data ruim pra galera daqui e ainda na contramão.
O pessoal achou caro pra participar e tem muita gente com filho pequeno. Tudo
complicou”. O multicampeão também reclamou sobre a mudança na forma de disputa.
“Eu não gostei da Copa do Brasil seguir o modelo do Brasileiro (Individual). Eu
acho que deveria continuar com todos contra todos na última fase”. Sobre sua
expectativa para a competição, Robertinho diz que chega sem confiança para
defender o “scudetto”. “Não sou mais o cara a ser batido, isso já passou. Troquei
de time várias vezes e não achei outro pra jogar. Vou para prestigiar o
campeonato, tentar fazer bonito e se o pessoal deixar, quem sabe belisco mais
uma Copa. Decidi o time que vou jogar essa semana. Será a primeira vez desde
2007 que vou pra competição sem achar que vou ganhar. É triste, mas a má fase
chega pra todos”, concluiu.
Otimismo e confiança
Figura ímpar no Futmesa
brasileiro, Bad, botonista do Clube dos 500/RJ, está otimista para a competição
e aposta na boa fase para fazer bonito. “A Copa do Brasil é um torneio de tiro
curto que não nos permite falhas. Na minha opinião é o segundo torneio do
Brasil, individualmente falando, e espero um bom desempenho da minha parte, pois
venho de um 16º lugar no Brasileiro do ano passado e continuo jogando em alto
nível”.
O também carioca Fabio Borges, campeão
sul-americano de Futmesa e que estará defendendo as cores do Círculo Militar no
torneio, diz que o segredo é saber dosar os dois primeiros dias da competição. “O
segredo é manter uma média regular durante os dias de competição. Não se dá ao
máximo nos primeiros dias e dosar as forças para o momento certo. Quando chegar
na hora do ‘vamos ver’, ter sangue nos olhos e despejar todas as energias. Um
detalhe importante: o clima frio ajudará todos os botonistas”.
3 comentários:
Parabens pelo trabalho meu caro, a divulgação do futmesa , se faz cada vez mais necessária. O assunto abordado, com toda razão é lamentável, mas bem entendido pela AFFM/FRIBURGUENSE, a situação está muito difícil, o brasileiro de modo geral encontra-se com dificuldades,carente de apoio dos Clubes e Patrocinadores. Fazer o que, né. Tivemos como exemplo recente, a dificuldade e a luta que foi levarmos onze atletas ao BRASILEIRO DE FUTMESA lá no PARANA. Algo precisa ser feito. Abração e obrigado
Parabéns pelo blog ,as observações são pertinentes, e entendemos as dificuldades em participações de representantes de outros Estados. Passamos por isso recente, foi uma luta muito grande levarmos 11 atletas ao Brasileirão lá no Paraná. Todos precisamos de mais apoio e algo precisa ser feito. Abraços Friburguenses e obrigado.
Comungo com a idéia daqueles que consideraram ruim a mudança do regulamento deste ano, em relação ao do ano passado. O pontos corridos é bem melhor, e justamente como citado, diferencia das outras competições. Quanto á questão do feriado católico. Aí eu já discordo. Mas cada um vê aonde dói seu pé. Por exemplo, neste ano não vou jogar o Brasileiro, por uma única razão: money...e a Copa do Brasil, quase sempre é vencida por quem tem money..., não duvido da capacidade técnica de nenhum vencedor da competição, mas se pagassem a viagem e inscrição para todos os melhores do ranking de cada estado, duvido que os campeões fossem os mesmos !!!! Abraços ! Paulinho Meira
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