No dia 8 de
dezembro aconteceu o último torneio do ano de Futebol de Mesa promovido pela
Federação Paulista: O Campeonato Paulista Individual. O grande campeão foi o
botonista Alex Bahr, do Santos. Mas o que chamou a atenção foi a confusão que
ocorreu na Série Cobre, disputada no Nacional. Na penúltima rodada, Fabio Bolla
(Palmeiras) e Barthez (Maria Zélia) se enfrentaram, brigando pelas primeiras
posições, porém, logo no primeiro lance da partida, uma desavença entre os
botonistas quase termina em briga. O caso, inclusive, já foi levado ao TJD, que
irá analisar e, se for o caso, punir os atletas.
Nesta
quarta-feira (19), o BLOG DO VALINI conversou com o botonista do Maria Zélia
sobre o ocorrido. Barthez (foto), disse que o problema começou com “brincadeiras”, que
Bolla cometeu uma irregularidade na mesa antes da confusão. Falou também que
não foi agredido e que sua atitude foi um basta a nove anos de catimba. Leia a
entrevista completa.
BLOG: O que de fato aconteceu entre você e o Fabio Bolla no
jogo do Paulista Individual?
Barthez: O início mesmo foram as brincadeiras que
normalmente acontecem nos torneios em que estão junto Francisco Jr e Fabio
Bolla. Entre as brincadeiras, algumas foram leves e outras pesadas e entre elas,
algumas catimbadas comuns nesses torneios. Na 14ª rodada, eu e Bolla jogaríamos
e na tabela eu estava em 2º lugar, à frente do Bolla por três pontos. Então as
brincadeiras recomeçaram em outro tom, mais agressivo. Francisco Jr. incitava o
Bolla a chamar arbitragem contra mim. Só que o Bolla causou uma situação, não
posicionando corretamente o botão central do ataque em sua posição, e sim mais
pra esquerda. Eu pedi ao Bolla que "por favor, posicionasse o botão em sua
posição de origem". Ele mudou o tom de voz e pediu arbitragem. Eu dei dois
toques e ele pediu pra parar o jogo pra que viesse um árbitro. O Rinaldo
apareceu pra apitar. Ao chegar o Rinaldo, pedi autorização pra continuar a
jogada e fui até o sétimo toque, quando pedi a gol. Saí da mesa, respirei,
recebi autorização e voltei pro chute fazendo o gol. Ao fazer o gol, puxando
meu time, eu comemorei falando baixo: "Chupa, Bolla!". Quando eu
voltava pra traz do gol, ele correu pra me agredir e como eu não vi, ele tentou
me chutar e errou. Quando me virei, vi o Jorge Boquinha, Bruno Vasko e
Francisco Jr. segurando ele. Aí eu me assustei e corri pra fora da sala. No que
eu corri ele tentou um soco que passou no vazio.
BLOG: Que tipo de “brincadeiras” foram essas que você citou?
Barthez: Coisas do tipo: "Contra o Barthez tem que
rolar uma arbitragem por que ele é polemico". E coisas do tipo que não
fazem sentido.
BLOG: Em algum momento você foi agredido?
Barthez: Quando eu apareci de novo, na porta da sala, tinha
uma roda de gente com o Bolla no meio me ameaçando com estas palavras:"Se
você entrar aqui de novo você não sai vivo! É bom você abandonar o
torneio!". Não fui agredido porque ele errou os golpes, senão teria sido.
A tentativa foi efetuada.
BLOG: E qual foi a atitude do juiz da partida? O jogo
continuou?
Barthez: Continuou com todos da sala olhando o jogo nas
folgas dos seus toques e a mesma arbitragem disponível. Houve o “report” do
Rinaldo, refeito duas vezes, uma por parte do Bolla e outra por minha parte,
devidamente assinado.
BLOG: Quanto estava o jogo quando isso aconteceu?
Barthez: Foi no primeiro ataque e eu tinha acabado de fazer 1 a 0.
BLOG: E o resto da partida, não teve mais nenhuma confusão?
Barthez: Não. A coisa parou por aí! Eu percebi que era má
intenção pra tirar os três pontos de mim na catimba. Não caí e respondi. E o
resultado final foi 3 a
2 pra mim.
BLOG: Quando acabou o jogo, vocês se cumprimentaram?
Barthez: Não houve reação tanto minha quanto a dele. Foi
cada um pro seu lado.
BLOG: Você se arrepende do que fez?
Barthez: Do que eu disse sim (Chupa Bolla!), eu me
arrependo. Da comemoração não, acho que precisava acontecer, pois era um basta
a nove anos de catimbas contra alguém que não fez nada a ele nesse sentido.
Pena que eu respondi errado. Deveria sim ter comemorado o gol, mas de outra
maneira.
BLOG: Quando vai ser o julgamento pelo TJD?
Barthez: Não sabemos ainda, porque o TJD apenas pediu as
defesas e eu apresentei parcialmente a minha faltando alguns documentos.
BLOG: Que documentos são esses?
Barthez: Não posso dizer.
BLOG: Você teme ser punido?
Barthez: Não. Até acho que deve acontecer porque eu errei.
Mas, acho que ninguém pode ser julgado por meio do que está sendo dito. Existe
muita manipulação de informação. Parcialidade.
BLOG: Manipulação e parcialidade por parte de quem?
Barthez: Acho que as “consciências” dos que escreveram vão
responder essa pergunta. Eu te contei a verdade dos fatos, qualquer coisa que
disserem de diferente é manipulação. mesmo porque mentir é contra meus
princípios. E digo mais, fica feio um jogador de seleção mentir sobre um fato
de jogo. Ainda mais que esse jogador apitou em uma copa do mundo.
BLOG: Você está magoado com tudo isso?
Barthez: Não estou magoado e não tenho direito como cristão em
estar. Só acho lamentável ainda aceitarmos nas mesas pessoas como essas.
BLOG: Mais uma vez te pergunto, realmente não houve agressão?
Barthez: Não encostou a mão, mas houve a tentativa.
BLOG: Você continua no Maria Zélia em 2013? Se precisar jogar
contra o Bolla novamente, você joga?
Barthez: Nunca vou deixar uma partida contra ninguém, por
mais difícil que seja jogar contra essas pessoas. Com certeza fico no Maria,
mesmo porque tenho um trabalho a realizar em outras regras e que o Mura e os
patrocinadores do clube confiam.
PS – O BLOG DO VALINI também tentou falar com o botonista
Fabio Bolla nesta quarta-feira, mas o mesmo não foi localizado. Sendo assim,
fica o espaço aberto, caso o atleta do Palmeiras queira se manifestar.
Um comentário:
Até quem enfim, alguém ouviu a outra parte...
Parabéns Valini
Abraços !!
Paulinho Meira
Postar um comentário