sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Gil X Rubinho: quem foi melhor?


Que o Futebol de Mesa vem crescendo, pelo menos no Estado de São Paulo, não existe a menor dúvida. Porém, com o surgimento de novos clubes e, claro, botonistas, alguns nomes que marcaram época no esporte, acabam caindo no esquecimento. Hoje em dia, principalmente para quem começou a praticar o Futmesa entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000, são poucos os atletas que se recordam e comentam sobre Gil, botonista que fez história pelo Palmeiras nos anos 80 e início dos anos 90, sendo o primeiro campeão brasileiro individual do esporte. Isso sem falar, em Rubinho, que embora tenha jogado por um período curto, escreveu seu nome no Futmesa, com conquistas individuais e coletivas, sempre atuando em alto nível.
            Diante disso, e para alimentar a discussão sobre essas duas personalidades marcantes, o BLOG DO VALINI preparou uma matéria especial, com depoimentos de botonistas que conviveram com as duas feras, com o objetivo de descobrir detalhes importantes sobre os atletas, analisando suas características, e claro, tentando descobrir quem foi o melhor. E argumentos não faltaram. Além disso, o BLOG DO VALINI montou ainda um comparativo, cujo critério foi destacar cinco fundamentos importantes do Futebol de Mesa. Confira, analise e tire suas conclusões...

João Luis Gil (GIL):

“Um botonista folclórico, como os jogadores de futebol à moda antiga. Amante da vida e da noite, transpirava entusiasmo e alegria quando jogava. Mas, como todo boêmio, cheio de histórias para contar... O que importava eram os “fins”... Não os “meios”. Na minha opinião, o maior líder do Palmeiras de todos os tempos, mesmo sem ser Palmeirense, criou e comandou vários talentos do futebol de mesa. Conseguiu superar mais de 30 botonistas para o departamento de Futebol de Mesa do Palmeiras. Um dos grandes nomes a ser lembrado para sempre. Não só como jogador, mas como dirigente” – PERROTTI (Círculo Militar).
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“Foi a inspiração para todos que estavam começando a jogar lá no Palmeiras no final dos anos 80 e início dos 90. Era uma figura única, muito brincalhão, meio mentiroso, contador de histórias... Mas, principalmente, um apaixonado pelo Futmesa, vivia muitas horas dos dias dentro do clube, estava lá quase sempre. Ensinou muita gente boa que depois conquistou títulos (Mauro, Michilin, Rubinho, Dema, André Zacharias, Justa, Melli, Bolla, Dentinho, entre outros). Tinha um jogo muito ofensivo, procurava o gol a todo momento mesmo quando estava vencendo” – MICHILIN (Palmeiras).
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“Gil era uma figura folclórica, alto astral, mas um grande negociador e muito político dentro do Palmeiras. Promovia muito o esporte lá dentro e era grande prospectador de novos talentos. O departamento tinha uns 30 ou 40 jogadores de todas as faixas etárias. Só para ter um exemplo, enquanto o time a foi campeão duas vezes, em 1990 e 1992, o time de Aspirantes foi pentacampeão seguido no mesmo período, no início dos anos 90” – GUERRA (Maria Zélia).
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“O Gil foi muito bom jogador. Um líder natural, foi o responsável pela estruturação do grande Palmeiras. Super honesto na mesa , não amarrava o jogo , foi o primeiro campeão brasileiro individual (no Indiano ). Um fato curioso é que ele foi o único corinthiano que virou palmeirense que eu conheço” – DE FRANCO (Cisplatina).

Rubens Lopes Rodrigues de Freitas Cintra (RUBINHO):

“Antes de qualquer coisa, foi o botonista mais completo que já vi atuando. Só não posso dizer que foi o melhor de todos os tempos, porque parou de jogar cedo. Logo, não há como ter uma base estatística para saber se foi uma fase ou se perpetuaria no tempo. Creio que, para ser considerado o melhor, é necessário manter a competência e a técnica sempre, durante vários anos. Mas, nunca vi outro botonista atingir o nível dele no período em que jogou” – PERROTTI (Círculo Militar).
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“Foi um dos melhores jogadores que eu vi jogar. No início da sua carreira era muito dedicado, chagava a jogar nas madrugadas para aperfeiçoar. Treinava muito e isso deu resultados. Pena que jogou por pouco tempo (uns 6 anos) para podermos fazer uma análise mais precisa sobre sua capacidade” – MICHILIN (Palmeiras).
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“Rubinho foi um meteoro no botão. Começou em 1989 e em 1990 foi campeão brasileiro, mas em 91 e 92 fracassou na tentativa do bi, e tive participação nisto (nos dois anos fiz partidas memoráveis contra ele). Em 1991, quando perdeu para mim no brasileiro e o título para o Jefferson, abandonou o campeonato, não jogou a última rodada e, mesmo assim, ficou com o vice” – GUERRA (Maria Zélia).
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“O Rubinho foi um meteoro de talento que passou pelo nosso esporte. Alguns o criticam por ter jogado pouco, não tendo tempo para ter a natural queda de produção, formando com isso uma sólida imagem de perfeição . Na minha opinião era um talento natural , muito honesto na mesa , não era "mascarado", enfim , um grande jogador” – DE FRANCO (Cisplatina).

Observação feita pelo Professor De Franco: “Dava para notar que ambos tinham uma característica muito parecida ,que era jogar em linha reta para frente, sem toques laterais e rapidamente .Como tinham um bom aproveitamento , resultava, conseqüentemente, num grande volume de jogo”.


Um comentário:

Unknown disse...

Vamos comentar! Como na Fórmula 1, a comparação é difícil! cada um em seu tempo, grandes nomes, uns na defesa outros no ataque, outros na técnica, na finalização...mas no carisma... carisma é coisa individual...