Que o Futebol de Mesa vem crescendo, pelo menos no Estado de
São Paulo, não existe a menor dúvida. Porém, com o surgimento de novos clubes
e, claro, botonistas, alguns nomes que marcaram época no esporte, acabam caindo
no esquecimento. Hoje em dia, principalmente para quem começou a praticar o Futmesa
entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000, são poucos os atletas que se
recordam e comentam sobre Gil, botonista que fez história pelo Palmeiras nos
anos 80 e início dos anos 90, sendo o primeiro campeão brasileiro individual do
esporte. Isso sem falar, em Rubinho, que embora tenha jogado por um período
curto, escreveu seu nome no Futmesa, com conquistas individuais e coletivas,
sempre atuando em alto nível.
Diante
disso, e para alimentar a discussão sobre essas duas personalidades marcantes, o BLOG DO
VALINI preparou uma matéria especial, com depoimentos de botonistas que conviveram com as
duas feras, com o objetivo de descobrir detalhes importantes sobre os atletas,
analisando suas características, e claro, tentando descobrir quem foi o melhor.
E argumentos não faltaram. Além disso, o BLOG DO VALINI montou ainda um comparativo,
cujo critério foi destacar cinco fundamentos importantes do Futebol de Mesa. Confira, analise e tire suas conclusões...
João Luis Gil (GIL):
“Um botonista folclórico, como os jogadores de futebol à
moda antiga. Amante da vida e da noite, transpirava entusiasmo e alegria quando
jogava. Mas, como todo boêmio, cheio de histórias para contar... O que
importava eram os “fins”... Não os “meios”. Na minha opinião, o maior líder do
Palmeiras de todos os tempos, mesmo sem ser Palmeirense, criou e comandou
vários talentos do futebol de mesa. Conseguiu superar mais de 30 botonistas
para o departamento de Futebol de Mesa do Palmeiras. Um dos grandes nomes a ser
lembrado para sempre. Não só como jogador, mas como dirigente” – PERROTTI
(Círculo Militar).
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“Foi a inspiração para todos que estavam começando a jogar
lá no Palmeiras no final dos anos 80 e início dos 90. Era uma figura única,
muito brincalhão, meio mentiroso, contador de histórias... Mas, principalmente,
um apaixonado pelo Futmesa, vivia muitas horas dos dias dentro do clube, estava
lá quase sempre. Ensinou muita gente boa que depois conquistou títulos (Mauro,
Michilin, Rubinho, Dema, André Zacharias, Justa, Melli, Bolla, Dentinho, entre
outros). Tinha um jogo muito ofensivo, procurava o gol a todo momento mesmo
quando estava vencendo” – MICHILIN (Palmeiras).
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“Gil era uma figura folclórica, alto
astral, mas um grande negociador e muito político dentro do Palmeiras. Promovia
muito o esporte lá dentro e era grande prospectador de novos talentos. O
departamento tinha uns 30 ou 40 jogadores de todas as faixas etárias. Só para
ter um exemplo, enquanto o time a foi campeão duas vezes, em 1990 e 1992, o
time de Aspirantes foi pentacampeão seguido no mesmo período, no início dos
anos 90” – GUERRA (Maria Zélia).
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“O Gil foi muito bom jogador. Um líder
natural, foi o responsável pela estruturação do grande Palmeiras. Super honesto
na mesa , não amarrava o jogo , foi o primeiro campeão brasileiro individual
(no Indiano ). Um fato curioso é que ele foi o único corinthiano que virou
palmeirense que eu conheço” – DE FRANCO (Cisplatina).
Rubens Lopes Rodrigues de Freitas Cintra (RUBINHO):
“Antes de qualquer coisa, foi o botonista mais completo que
já vi atuando. Só não posso dizer que foi o melhor de todos os tempos, porque
parou de jogar cedo. Logo, não há como ter uma base estatística para saber se foi
uma fase ou se perpetuaria no tempo. Creio que, para ser considerado o melhor,
é necessário manter a competência e a técnica sempre, durante vários anos. Mas,
nunca vi outro botonista atingir o nível dele no período em que jogou” – PERROTTI
(Círculo Militar).
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“Foi um dos melhores jogadores que eu vi jogar. No início da
sua carreira era muito dedicado, chagava a jogar nas madrugadas para
aperfeiçoar. Treinava muito e isso deu resultados. Pena que jogou por pouco
tempo (uns 6 anos) para podermos fazer uma análise mais precisa sobre sua
capacidade” – MICHILIN (Palmeiras).
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“Rubinho foi um meteoro no botão. Começou
em 1989 e em 1990 foi campeão brasileiro, mas em 91 e 92 fracassou na tentativa
do bi, e tive participação nisto (nos dois anos fiz partidas memoráveis contra
ele). Em 1991, quando perdeu para mim no brasileiro e o título para o
Jefferson, abandonou o campeonato, não jogou a última rodada e, mesmo assim,
ficou com o vice” – GUERRA (Maria Zélia).
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“O Rubinho foi um meteoro de talento que
passou pelo nosso esporte. Alguns o criticam por ter jogado pouco, não tendo
tempo para ter a natural queda de produção, formando com isso uma sólida imagem
de perfeição . Na minha opinião era um talento natural , muito honesto na mesa
, não era "mascarado", enfim , um grande jogador” – DE FRANCO
(Cisplatina).
Observação feita pelo Professor De
Franco: “Dava para notar que ambos tinham uma característica muito parecida
,que era jogar em linha reta para frente, sem toques laterais e rapidamente
.Como tinham um bom aproveitamento , resultava, conseqüentemente, num grande
volume de jogo”.
Um comentário:
Vamos comentar! Como na Fórmula 1, a comparação é difícil! cada um em seu tempo, grandes nomes, uns na defesa outros no ataque, outros na técnica, na finalização...mas no carisma... carisma é coisa individual...
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